Sensibilidade, corpo, musicalidade...auto-conhecimento, respiração, voz, canto... viagem de descoberta pessoal e colectiva.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Coral da Uni-CV- Noite Branca 2013
O Coral da Uni-CV participou mais uma vez na Noite Branca da cidade da Praia, no dia 14 de Dezembro.
A Noite Branca é um evento natalício realizado anualmente no centro histórico da cidade pelo município para celebrar a paz e a união.Uma noite de muita arte e ludicidade e toda a gente vestida de branco.
Cantámos algumas peças natalícias e a canção Sul-Africana "Asimbonanga" em homenagem ao falecido Nelson Mandela. Um momento extremamente emocionante para todos.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Expressão Vocal para reclusos da Cadeia de S. Martinho - Cabo Verde
Auto-estima, Livre Expressão, Auto-afirmação... Voz, postura, presença, dicurso, tanto por dizer...
Fui convidada pelo Corpo Nacional de Voluntários de Cabo Verde para ministrar algumas oficinas de expressão vocal aos reclusos e reclusas da Cadeia de S. Martinho, como parte de um programa de actividades,a fim de despertá-los para a sua própria musicalidade.
Temos trabalhado no sentido de desenvolver a capacidade de comunicação, integração, desenvolver as suas habilidades vocais e a criatividade e mostrar-lhes que há sempre algo novo, mil possibilidades não previstas. No primeiro dia ainda estavam com as mãos "amarradas" atrás das costas, o corpo preguiçoso, dobrado... agora já estão mais despertos para a sua postura, apoio diafragmático, respiração, boca aberta... tantos factores para controlar...
Hoje emocionei-me com uma peça de Hip Hop que criaram, com base num poema de Amílcar Cabral, e que além de melodioso e com bom Rap, tinha muito sentimento. Mostrou-me que estão ávidos por tirar para fora as suas dores, dizer o que lhes vai na alma, cantar as suas tripas.
Este trabalho está só a começar... só hoje começaram a aprender sobre ressonância e colocação vocal e vão avançando rapidamente. Tenho muita fé nas transformações que vão acontecer por aqui...
Fui convidada pelo Corpo Nacional de Voluntários de Cabo Verde para ministrar algumas oficinas de expressão vocal aos reclusos e reclusas da Cadeia de S. Martinho, como parte de um programa de actividades,a fim de despertá-los para a sua própria musicalidade.
Temos trabalhado no sentido de desenvolver a capacidade de comunicação, integração, desenvolver as suas habilidades vocais e a criatividade e mostrar-lhes que há sempre algo novo, mil possibilidades não previstas. No primeiro dia ainda estavam com as mãos "amarradas" atrás das costas, o corpo preguiçoso, dobrado... agora já estão mais despertos para a sua postura, apoio diafragmático, respiração, boca aberta... tantos factores para controlar...
Hoje emocionei-me com uma peça de Hip Hop que criaram, com base num poema de Amílcar Cabral, e que além de melodioso e com bom Rap, tinha muito sentimento. Mostrou-me que estão ávidos por tirar para fora as suas dores, dizer o que lhes vai na alma, cantar as suas tripas.
Este trabalho está só a começar... só hoje começaram a aprender sobre ressonância e colocação vocal e vão avançando rapidamente. Tenho muita fé nas transformações que vão acontecer por aqui...
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Coral da Uni-CV recebe workshop de Djinho Barbosa - Inspiração e Cura!
No dia 11 de Junho o Coral da Uni-CV recebeu um workshop do músico e compositor caboverdiano Djinho Barbosa e como bónus, a ilustre visita do também compositor Nhelas Spencer que passava por ali, entrou, gostou e ficou. Nhelas ouviu, elogiou a qualidade do trabalho, aconselhou-nos e cantou um pouco do seu tema "Poc li dent e tcheu", gravado por Mayra Andrade.
Djinho veio conhecer o coro, ouvi-lo cantar e se familiarizar com o nosso repertório e a nossa forma interpretar as peças. Veio falar-nos de harmonia, arranjos, e fazer reflexões sobre a utilização da harmonia vocal na Música de Cabo Verde. Experimentando possibilidades e arpejos de acordes, passámos momentos realmente inspiradores e motivantes para mim e para os coralistas. Juntos cantámos, improvisámos e chorei de emoção e prazer com as harmonias que criámos em exercícios de improviso.
Agradeço imensamente a este magnífico senhor de grande alma, humildade e muito talento musical. Agradeço o que esta visita fez aos meus alunos, à nossa auto-estima, à nossa forma de ver e viver a música... Só agradeço pelo que nem sei que aconteceu ali. Muitas energias e sinergias, traduzidas em som... frequências que continuarão a vagar no universo para sempre. E nem sabemos que tipo de coisas desbloqueámos e curámos com esse encontro,nem sabemos que sonhos plantámos, que mundos criámos. Obrigada Djinho!
Djinho veio conhecer o coro, ouvi-lo cantar e se familiarizar com o nosso repertório e a nossa forma interpretar as peças. Veio falar-nos de harmonia, arranjos, e fazer reflexões sobre a utilização da harmonia vocal na Música de Cabo Verde. Experimentando possibilidades e arpejos de acordes, passámos momentos realmente inspiradores e motivantes para mim e para os coralistas. Juntos cantámos, improvisámos e chorei de emoção e prazer com as harmonias que criámos em exercícios de improviso.
Agradeço imensamente a este magnífico senhor de grande alma, humildade e muito talento musical. Agradeço o que esta visita fez aos meus alunos, à nossa auto-estima, à nossa forma de ver e viver a música... Só agradeço pelo que nem sei que aconteceu ali. Muitas energias e sinergias, traduzidas em som... frequências que continuarão a vagar no universo para sempre. E nem sabemos que tipo de coisas desbloqueámos e curámos com esse encontro,nem sabemos que sonhos plantámos, que mundos criámos. Obrigada Djinho!
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Participação do Coral da Uni-CV na 1ª Gala "Eu posso Ajudar", do Hospital Agostinho Neto
O Coral da Uni-CV participou, no dia 01 de Junho, da I Gala Eu posso Ajudar, do Hospital Agostinho Neto, organizada pela ACI produções. Esta Gala Beneficente tinha como objectivo a angariação de fundos para equipar a Pediatria do Hospital Agostinho Neto, na Praia.O espectáculo foi realizado no auditório da Assembleía Nacional e contou com a presença de ilustres artistas como Lura, Princezito, Mirri Lobo, Michel Montrond,Sara e Teté Alhinho e Alberto Koenig.
O coro interpretou dois temas "Dor di Nh'alma" do compositor cabo-verdiano Betú, e "Música de Nina", um lullaby da minha autoria, as duas peças arranjadas a 3 vozes (SAT). Também fizemos algumas brincadeiras de voz e percussão corporal como separadores de dois versos de um poema que a nossa Kaelany (filha de uma coralista) declamou.
O espectáculo todo foi maravilhoso, fluiu naturalmente e assim decorreu agradavelmente e foi muito leve. Os meus alunos ficaram radiantes com a sua bela participação! E eu, muito feliz!
terça-feira, 28 de maio de 2013
Séjour Bien Être Dansé - Toubab Dialaw - Senegal
O programa Séjour Bien Être Dansé, no qual participei enquanto formadora de Canto, teve a sua primeira edição realizada em Toubab Dialaw (localidade a 70 km de Dakar), no Senegal em Maio de 2013. Esta estadia artística é organizada pelo Centro de Bem Estar Imallah, situado em Dakar. Dentro de uma perspectiva holística de desenvolvimento global do ser humano, faz-se uma integração das diferentes linguagens artísticas visando despertar os participantes para as suas próprias capacidades e habilidades,através da arte e do cultivo do bem-estar.
Durante 10 dias os participantes desfrutam de um programa de aulas extremamente diversificadas, pleno de actividades que vão desde aulas de danças variadas (dança africana da Etnia Mandinga, kizomba, Funaná, Batuk,Samba, Forró, Kolá S. Jon, etc) a cursos de auto-massagem,massagem na água, Canto, Meditação, Atelier de Pintura Batik e utilização de plantas na medicina caseira e tradicional.
Contando com a participação de artistas e professores de vários países, esta residência artística proporciona trocas valiosíssimas e grandes aprendizagens. Uma verdadeira viagem de auto-conhecimento e busca pela sua própria expressão, pela liberdade, pela criatividade... pelo sagrado. O enraizamento na nossa terra Mãe Àfrica, tão plena de significados, misticismos, preciosidades...
Coral da Uni-CV
O grupo Coral com quem trabalho actualmente é o Coral da Universidade de Cabo Verde. É um grupo muito heterogéneo, composto por 30 elementos desde adolescentes a jovens e adultos. A proposta é formar um coro que faça um trabalho cénico-musical montando espectáculos temáticos,que incluam dança e dramatização.
Visando criar um espírito de grupo enquanto se desenvolve a expressão individual, a auto-estima, e a capacidade de interpretação vocal,trabalha-se o lúdico e o criativo.
A metodologia utilizada aplica várias técnicas com o intuito de levar o cantor a tomar mais consciência de si, do seu corpo, da sua respiração e assim, da sua voz e dos seus sentimentos na interpretação musical. Logo, fazemos alongamento, exercícios de respiração, meditação, entoação de mantras, jogos e dinâmicas, percussão corporal e muita técnica vocal.
O repertório interpretado centra-se na a música popular de Cabo Verde, arranjada para 3 vozes (SAT) e 4 vozes (SATB). São interpretadas canções de vários géneros musicais (Batuk, Funaná, Morna, Coladeira), resgatando-se tanto peças mais antigas quanto os hits mais actuais da rádio. Isto com o objectivo de conhecer, divulgar e trabalhar a música caboverdiana.
A participação neste coro é gratuita, os ensaios são realizados na Casa da Música da Uni-CV, 2 vezes por semana, em encontros de 60 mn.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Do Batuk ao Hip Hop - Música na Escola
O Música na Escola é um projecto de sensibilização e musicalização infantil da Uni-CV, foi iniciado em 2010 para conhecer a realidade das escolas primárias do meu país com workshops ministrados a professores do E.B.I. de diferentes escolas da Praia e do Mindelo. Em 2011, numa 2ª fase, fez-se um trabalho de cerca de 3 meses e 6h semanais com alunos do 5º e 6º anos da Escola Nova Presidência - Escola Pública do bairro Achada S. António da cidade da Praia, na ilha de Santiago em Cabo Verde.
Com um grupo de aproximadamente 32 alunos dos 9 aos 13 anos, trabalhou-se o desenvolvimento da musicalidade, da expressão, da auto-estima, da valorização da voz própria e da sua ideia e criação original e única. Brincadeiras e jogos rítmicos e de percussão corporal foram rapidamente bem aceites tornando-se a ferramenta principal de trabalho, o ritmo.
Ao ritmo logo se juntaram os sons vocais, como onomatopéias , adicionando a iniciação à leitura rítmica e musical através da divisão silábica de palavras.
Assim, através da repetição de padrões rítmicos e melódicos cegou-se ao entendimento de estrutura e forma musical, e principalmente à criação colectiva e a composição de peças próprias.
E assim, entre jogos polirrítmicos e o debate e exploração de temáticas, ritmos e géneros musicais (Batuk, Hip Hop), que lhes eram familiares, os alunos foram orientados na criação de canções,com as suas próprias letras, células rítmicas e melodias. As canções falavam obre o mar, a união e a harmonia, a não-violência e a música e a dança.
Foram realizadas apresentações musicais na Reitoria da Uni-CV, no Congresso Internacional da TAOLA em 2011, na Praça Antonio Lereno, no Plateau, em escolas primárias e na Casa da Música da
Uni-CV.
O professor Valdir Brito (também actor e formador de teatro) acompanhou e deu continuidade a este trabalho criando e apresentando um musical com este grupo de crianças. O musical, baseado no personagem Blimund da cultura popular de Cabo Verde chama-se "Sonho de Blimund" e foi apresentado na Casa da Música da Uni-CV e na III Edicão do espectáuclo itinerante Cidadipoesia.
Canto, logo existo!
Criei o blog Voz de Cabeça para divulgar o meu trabalho enquanto cantora e professora de canto, musico-terapeuta, inspiradora, incitadora, aventureira da educação artística, e principalmente grande destruidora do mito de que só alguns têm talento ou vocação para a música... pois TODA a gente pode cantar e tem muito talento. O que geralmente falta é descobrir-se e desenvolver o seu talento, a sua sensibilidade e habilidades.
Cantar é algo tão natural como correr ou como fazer sexo, a voz está a nosso serviço como o nosso corpo. Todos deviam conhecer e desenvolver a sua voz, aprender a emiti-la e a manipulá-la para uso pessoal e para expressão livre e consciente, conforme as suas intenções e sentimentos.
Já utilizamos a voz no nosso dia-a-dia mudando os timbres e a colocação vocal consoante o que desejamos transmitir a cada instante e, na maioria das vezes, sem consciência. Mas mesmo assim,desconhecemos o poder e as infinitas possibilidades da nossa voz, desconhecemos os timbres que podemos criar, as notas que podemos emitir... E sendo a voz algo tão único como a nossa impressão digital, perdemos a oportunidade de realmente conhecer e desfrutar da nossa voz inimitável.
Cantar é um "statement", é dizer que estou aqui e a minha face sonora é esta, este é o meu rosto em forma de som. Cantar é tirar som do corpo, é tirar som do sentimento,do pensamento, da emoção...só tu mesmo podes tirar para fora a tua própria voz.
Entra-se numa espécie de transe durante o canto, numa outra dimensão onde só a música e as emoções existem...
É altura de dizer: Canto, logo existo!
Cantar é algo tão natural como correr ou como fazer sexo, a voz está a nosso serviço como o nosso corpo. Todos deviam conhecer e desenvolver a sua voz, aprender a emiti-la e a manipulá-la para uso pessoal e para expressão livre e consciente, conforme as suas intenções e sentimentos.
Já utilizamos a voz no nosso dia-a-dia mudando os timbres e a colocação vocal consoante o que desejamos transmitir a cada instante e, na maioria das vezes, sem consciência. Mas mesmo assim,desconhecemos o poder e as infinitas possibilidades da nossa voz, desconhecemos os timbres que podemos criar, as notas que podemos emitir... E sendo a voz algo tão único como a nossa impressão digital, perdemos a oportunidade de realmente conhecer e desfrutar da nossa voz inimitável.
Cantar é um "statement", é dizer que estou aqui e a minha face sonora é esta, este é o meu rosto em forma de som. Cantar é tirar som do corpo, é tirar som do sentimento,do pensamento, da emoção...só tu mesmo podes tirar para fora a tua própria voz.
Entra-se numa espécie de transe durante o canto, numa outra dimensão onde só a música e as emoções existem...
É altura de dizer: Canto, logo existo!
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